PROGRAMAS PERFORMATIVOS DE ESCRITA: PROCEDIMENTOS DE AMPLIAÇÃO DA COMPLEXIDADE AFETIVA DOS CORPOS

Antonio Flávio Alves Rabelo

Resumo


A comunicação apresenta reflexões ligadas a escrita, troca e compartilhamento de Programas Performativos de Escrita (PPE) como dispositivos de criação e pesquisa. Atrelados a práticas cartográficas; tais programas buscam criar uma rede de impulsos criativos; geradores de situações que podem desprogramar nosso cotidiano; afetando nossos hábitos e costumes. Partimos de um pressuposto que artistas e pesquisadores devem assumir o risco de uma postura desviante, desafiadora de modelos e padrões preestabelecidos. Desconstruindo e reconfigurando constantemente os limites das linguagens artísticas e das estruturas normativas dos corpos e discursos. Tal problematização cria diálogos com o pensamento filosófico; desenhada a partir da noção de Corpo em Espinosa (2011), de Território em Deleuze (2002) e de Espelhamento de Forças em Gil (2011), para tratar de uma invisibilidade experimentada como potência, força ou campo de vibração agenciadora de Ações e Programas Performativos.


Texto completo:

PDF

Referências


CHAUÍ, Marilena. Desejo, paixão e ação na ética de Espinosa. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

COHEN, Renato. Performance como Linguagem-criação de tempo/espaço de experimentação. 1. ed. São Paulo: Perspectiva; Editora da Universidade de São Paulo, 1989.

______. Work in Progress na cena contemporânea: criação, encenação e recepção. São Paulo: Perspectiva, 2004.

DELEUZE, Gilles. Espinosa: filosofia prática. São Paulo: Escuta, 2002.

ESPINOZA, Benedictus de. Ética. Tradução Tomaz Tadeu. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011. 238 p.

FABIÃO, Eleonora. Programa Performativo: o corpo-em-experiência. Revista Ilinx, LUME – UNICAMP, Campinas, n. 4, dezembro de 2013. Disponível em: . Data do acesso: 25/01/2014.

FERRACINI, Renato; RABELO, Flávio. Recriar Sempre. Art Research Journal, Revista de Pesquisa em Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, v. 2, 2015. Disponível em: . Data do acesso: 06/06/15.

GIL, José. A imagem-nua e as pequenas percepções: estética e metafenomenologia. Tradução Miguel Serras Pereira. 2. ed. Lisboa: Relógio d'água, 2005.

GIL, José. Transcrição Palestra José Gil. Revista Ilinx. LUME – UNICAMP, Campinas, n. 1, 2012. Disponível em: . Data de acesso: 25/01/2014.

PASSOS, Eduardo; ALVAREZ, J. “Cartografar é habitar um território existencial”. In: PASSOS, E. et al. (Org.). Pistas do Método da Cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2010.

RABELO, Flávio. Afetos: a Alegria do corpo em atrito na ação performativa. In: KEFALÁS, Eliana; LIMA DE MORAES, Giselly; PEPE, Cristiane Marcela (Org.). Leitura Literatura e Mediação. Campinas: Leitura Crítica, 2014.

ROLNIK, Suely. Cartografia sentimental, transformações contemporâneas do desejo. Porto Alegre: Sulina/Editora da UFRGS, 2011.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Linha Mestra Associação de Leitura do Brasil (ALB)
e-ISSN: 1980-9026
DOI: https://doi.org/10.34112/1980-9026

Licença Creative Commons