PISTAS CARTOGRÁFICAS DE UM GEOCURRÍCULO... UM CAMINHO TRAÇADO NAS ÁGUAS

Julian Karla Diniz Neris, Roniqueli Moraes Pantoja, Josenilda Maria Maúes da Silva

Resumo


A presente escritura compõe uma pesquisa de mestrado, em andamento, de modo que reúne movimentos de uma pesquisa experimentação de tonalidade deleuziana. Pensa uma escola básica ribeirinha, localizada na região das Ilhas de Belém do Pará como um território permeado por potências, que compõe vidas, produz acontecimentos, carrega devires e enseja movimentos curriculares que conformam diferentes linhas por afecções. No cenário de uma escola ribeirinha como objeto-desejo o estudo problematiza em que medida o território escola e seus acontecimentos apontam linhas que produzem um geo-currículo? Inspira-se na Geofilosofia, de Deleuze e Guattari, na qual desenvolve o pensamento em sintonia com a terra, como uma geografia do pensamento. A Geofilosofia é o ato de pensar com e no espaço, a espera de um “por vir” que possibilita pensar de forma territorial acionando os conceitos de desterritorialização e reterritorialização. Aposta na cartografia como caminho para perscrutar um geo-currículo rizomaticamente sinalizado. Pensar uma escola ribeirinha pelas vias de um geo- currículo significa persegui-la em sua força produtiva, naquilo que movimenta, faz, destila, transborda em meio, e, para além das fronteiras de um rio.

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Linha Mestra Associação de Leitura do Brasil (ALB)
e-ISSN: 1980-9026
DOI: https://doi.org/10.34112/1980-9026

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